domingo, 25 de outubro de 2009

Cordão umbilical.



Há tempos tenho vontade de escrever sobre esse MULHERÃO aí: minha mãe! Bom, ela é baixinha, não é e nunca fez o estereótipo de "mulher gostosona", mas é um MULHERÃO, sim, simplesmente por ser minha mãe! Na verdade, se eu contar a história dela pra vocês (o pouco que sei!), o teclado dos PCs aí vão ser encharcados por lágrimas e talvez não funcionem mais! HAHAHA!
Maria Raimunda Sousa dos Santos nasceu no dia 06 de junho de 1964 (45 anos até "enxutinhos"!), em Tutóia do Maranhão. Teve três irmãos e levava uma vida simples com os pais, no interior do estado. Sempre foi uma menina tímida (dizendo a minha avó ¬¬'), mas muito obediente e boa aluna na escola.
A boa aluna e boa filha, buscando melhoria de vida com os pais e irmãos, mudou-se para São Luís e, finalmente, Imperatriz (É aqui que começa a minha história de vida!). Junto às irmãs, Maria Raimunda arrumou emprego de secretária em algumas lojinhas da cidade e, logo, arrumou um namorado.
José Ivan Pereira dos Santos (meu pai! Hoje POPULARMENTE conhecido em Imperatriz como "o perito da Rua 7" ou, para os íntimos, O CAFAJESTE! ^^) foi o primeiro namorado de minha mãe. Namoraram seis meses e, depois de algumas briguinhas e mal estar, descobriram que esperavam um lindo bebê (Olha eu chegando, minha gente!).
Bom, meu pai - como era de se esperar - propôs aborto (dizem que minha mãe tentou), mas nada deu certo. A TEIMOSA aqui veio assim mesmo! Minha mãe sempre estudou na mesma sala de meu pai (me parece que se conheceram na escola!), mas com a gravidez foi obrigada a largar os estudos, pra que ele estudasse.
O tempo passou, meu pai terminou os estudos: formou-se em Engenharia Civil e, posteriormente, em Matemática. Minha mãe, no entanto, perdeu o ensino médio, e ganhou
mais duas "barrigas": chegaram Jacqueline e Pedro (meus irmãos!). E pra nos criar, muito sofrimento! Principalmente porque meu pai nunca reconheceu o quanto ela o ajudou e também porque ela praticamente recusou ajuda da família (sempre muito orgulhosa hein, mãe?).
Aos 17 eu terminei o ensino médio, aos 18 passei pra Letras. Hoje sou professora! Meu irmão termina História e faz Agronomia, minha irmã estuda Biologia. MINHA MÃE FAZ PEDAGOGIA! Demorou, mas chegou! Aos 46 anos de idade ela dá os primeiros passos para uma mudança radical de vida e, mesmo que eu nunca tenho dito isso a ela, me sinto orgulhosa de ver a minha PRIMEIRA PROFESSORA (aprendi a ler aos 5 anos de idade com minha mãe!) estudando!
Por mais diferentes que sejamos eu e ela, por mais brigas que já tenhamos tido, por mais rebeldia que eu tenha apresentado na adolescência e ainda que um dia eu vá embora pra outro estado ou país (Ah, se fosse outro país! XD), nosso cordão umbilical nunca será rompido! Ele vai ultrapassar os oceanos!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Rotina alcóolica.



26 anos de existência e, apenas, 2 anos de convívio íntimo com bebidas alcóolicas. Tem gente por aí que me chama de mentirosa! (Os olhos de "peixe morto" me acompanham desde a infância, galera, tem nada a ver com anos de álcool não!)Até hoje, por incrível que pareça, tenho quase as mesmas impressões que tinha no passado acerca da bebida e, às vezes, não entendo porque as pessoas gastam tanto com isso!
No começo foi bem interessante, apesar de eu ter passado muito mal. O novo sempre nos interessa! Embora eu fosse principiante, os "amigos" da época comemoraram imensamente a minha entrada naquele universo totalmente vicioso. O motivo que me levou a fazer algo que nunca havia feito, claro, foi uma questão sentimental, que agora não tem muita importância.
Mas o fato é que, por um bom tempo, me tornei popular! Principalmente porque eu havia deixado de ser "diferente", uma vez que a "Rakel Geração Saúde" nunca agradou a maioria! (Se duvidar, aquela Rakel só agradava Cris, Joci, Sinara, Dani, Zaca e Ferro, que sempre foram as ÚNICAS pessoas que me amaram do jeitinho que eu era!)O grupão que me cercava há muito esperava por aquela RAKEL - barraqueira, destruidora de celulares, etc.
O tempo foi passando e tudo foi virando rotina... Os barracos, a despreocupação com coisas importantes, o álcool! Este estava sendo o companheiro de todas as horas e de todos os dias (sem exagero!). Se era feliz, comemorava! Se era triste, chorava! Mas a bebida sempre ali, em todas as situações... Pouco pensava, até que minha "sobrinha" Lenny Mayran puxou minha orelha: "Tia, para! A senhora tá se acabando com isso!"
Hoje, quase dois anos depois, ao encontrar com amigos daquela época para conversar e ouvir sobre os últimos acontecimentos, percebo o quanto essa rotina AGORA me desinteressa. Meu Deus! O que mais há para vocês além de brigas, espancamentos, términos de relacionamentos? Não há mais nada!

*Pausa para conversa com o meu ESPÍRITO ILUMINADO PREFERIDO: Nos últimos dias, Zaca, a minha saudade de ti tem aumentado significativamente! Saudade dos nossos programas CULTURAIS! Daqueles onde não havia álcool! Ou se havia (tu e Cris), mas sempre era um momento cercado de papos inteligentes. Tenho uma necessidade urgente de programas assim, e sei que logo logo eles voltarão a minha vida!
Gente, e para aqueles que estão cansados daquela "rotina alcóolica" sem graça e vazia, fica o recado: Desde a semana passada tá acontecendo, aqui em Imperatriz, a
7ª SALIMP - Uma feira de livros, no Centro de Convenções, onde são vendidas obras de autores e assuntos diversos! Passa lá, pessoal! Eu estive lá no final de semana com minha amiga rica Cris (ela comprou vários livros!), e fui feliz por alguns instantes só em ver aquele amontoado de livros legais!

Se quiserem me presentear, tou aceitando os livros:
- MICHAEL JACKSON: A MAGIA E A LOUCURA, de J. Randy Taraborrelli;
- TAMBORES DE SÃO LUÍS, de Josué Montelo;
- UMA GOTA DE SANGUE, de Demétrio Magnoli.

Essa Rakel tá ficando saliente, hein? HAHAHAHAHAHAHA! É sério, gente, tou cansada de dor de cabeça, de vômito em banheiro de amigos, tontura e quaisquer outros efeitos da bebida! Quando pensarem em me oferecer um copo de cerveja, façam a seguinte troca: me ofereçam uma coleção de Matemática do ensino fundamental! ;D (Garanto que assim não vomito no banheiro de ninguém!)


Beijinhos!