domingo, 30 de dezembro de 2007

Falta!



O dia hoje começou esquisito! Uma sensação de falta tomou conta do ambiente e, até agora, é possível perceber o vazio. É bem conhecido esse sentimento, pois ele já passou por aqui outras vezes... E a razão para isso tudo é bem mais conhecida que o próprio sentimento.. Na verdade, não dá pra saber se é falta ou ansiedade, uma vez que há uma torcida organizada pra uma certa "contagem regressiva". Nada a ver com a entrada do ano de 2008! Tudo a ver com a presença de alguém! Doze horas? Mais que doze horas! Cada minuto que passa é um motivo maior pra rir!
Ainda assim, percebendo o tempo passar, o vazio permanece e parece ficar maior... A verdade é que nenhum contato foi estabelecido ontem, hoje... E por mais que não seja físico, esse contato faz falta... "faz" vazio!
Mas o coração também é otimista! E estamos, aqui, acreditando que o contato vai acontecer! É nessas horas que se percebe o quanto determinadas pessoas são importantes... Sente-se falta, até mesmo, das discussões, dos desentendimentos... Ai! Vamo brigar?
NADA PRA FALAR ¬¬... É sempre assim! Sem contatos, sem palavras... Consegue perceber a grandiosidade desse vazio? Toma conta de tudo, a ponto de fazer desaparecerem as palavras. Mas falar o quê? Afinal, tudo gira em torno de uma única "coisa" (não é bem uma "coisa" ¬¬).
Quero "CHUVA FORTE NO DESERTO"! Pronto!Falei.
Nenhum outro desejo... Nenhuma outra palavra!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Vamos vivendo...


Lojas lotadas, ruas intrafegáveis e crianças em animação total! São essas as principais características do Natal. Ao contrário do que ocorre na prática, o Natal deveria ser a data de lembrarmos de um homem bom, que veio à Terra para nos servir de exemplo. Um espírito evoluidíssimo, à frente de seu tempo. Por suas ações, considero-o à frente – até mesmo – do tempo em que vivo. Mas pensar em amor ou cultivá-lo não é mais preocupação da maioria das pessoas... O que todo mundo quer é esperar o Papai Noel, que vem com uma sacola enorme de presentes!
Não acho errado que pais façam seu filhos (ou tentem fazê-lo!) a acreditarem na figura do Papai Noel... É bem melhor apresentá-las à figura de um velhinho simpático que lhes traz presentes, do que mostrar a elas o mundo “sujo” onde vivemos, no qual muitos velhinhos bonzinhos são mal tratados. Não seria bom perder tempo falando aquelas “baboseiras” que costumam ser ditas nessa época, pois o dia 25 de dezembro não nos deveria obrigar a isso! Melhor é agir!
Falar de amor fraterno (amor ao próximo!), de paz no mundo e outras coisas é algo que deveria ocorrer em todos os dias. Independente de datas comemorativas! Entretanto, a dor tem “esfriado” muitos corações. É muito difícil pensar no bem daquelas pessoas que estão próximas de nós, quando perdemos um ente querido, quando perdemos um emprego, ou fomos alvo de preconceito, de injustiças... A verdade é que somos todos egoístas demais para lembrar que no mundo há outras pessoas além de nós...
Para mim, o dia 25 de dezembro nunca foi tão significativo. Isso porque, desde criança, a imagem de Jesus Cristo não era (como deveria ser!) a razão real da data... Presentes, ceias fartas e lojas cheias eram o maior motivo de se comemorar o Natal. E, assim, eu cresci! Esperando um presente, no final de todos os anos. O bom homem que aqui esteve, para nos servir de exemplo, em minha cabeça sempre ficou em “segundo plano”. Primeiro, os presentes; depois, Jesus Cristo.
Embora não seja freqüentadora de nenhuma igreja – nem católica ou protestante – reconheço a importância dele como exemplo. Discordo da idéia da “Trindade”, que prega que Cristo, Deus e o Espírito Santo são um só! Mas ainda assim, reconheço a grandiosidade dele como homem.. Como exemplo maior! Sei que, em muitos momentos, deveríamos ser um pouco “Jesus Cristo”... Deveríamos, mesmo apanhando, pedir pelo bem daqueles que nos fazem sofrer. Afinal, quem se ocupa em fazer o mal aos outros é um grande ignorante! Só Deus pra ter “pena” de pessoas assim.
Não me coloco aqui no mesmo patamar que o Cristo! Não! Sou um pobre espírito que precisa evoluir muito ainda. Que este ano de 2008 me traga, além de muito dinheiro (^^), paciência e vontade de ajudar os outros. Que, acima de tudo, eu e muitas pessoas sejamos menos rancorosas! Que aprendamos a conviver com a dor, o que tem sido muito difícil pra mim até hoje.

Entretanto, vamos vivendo!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Recomeço no fim.



Onze dias para dizer “bye bye” para 2007! E, como em todos os anos, vem a expectativa de que tudo melhore no tal “Ano Novo”. Para muitos, o término de um ano representa frustração, já que – infelizmente – não se pôde fazer tudo o que se planejou antes. Entretanto, para outros – meu caso – o fim é o recomeço! 2008, assim como todo ano que inicia, é uma oportunidade a mais... Uma chance de trazer pra concretude aquilo que está no “plano das idéias”.
E a mente fica povoada de idéias, de sonhos e esperanças de que essa seja a minha vez! Em função de inúmeros acontecimentos, por muito tempo estive debaixo de um falso otimismo, o que era algo presente em minha vida. Acontece que esses mesmos acontecimentos, que me fizeram ter visões e pensamentos pessimistas, permitiram que eu olhasse o “ruim” como “bom”.
Boa parte dos “solavancos” só me mostraram a força que há em mim e da qual sempre duvidei. Percebo, agora, que não é o fato de “perder” que nos faz menos felizes ou menos capazes. É perdendo que renovamos as forças, pois descobrimos que é preciso exigir mais de nós mesmos. Todas essas negatividades, portanto, para mim acabaram sendo positividade, já que tenho me tornado mais forte... Tenho transformado minha “cerquinha de madeira” em um “muro de tijolos”, grande e alto!
E ao contrário dos demais, esse “muro” que criei não tem me afastado de minhas metas... Ele tem me aproximado! Tem servido de apoio, já que nem sempre encontramos a força onde achamos que ela está. 2008 pode, sim, transformar “cercas de madeira” em “muros de tijolos”! Comecei a construir o meu “muro” no término do presente ano e, espero, conclui-lo no próximo.
Agora, o desafio é fazer os outros perceberem que posso! E farei isto sem problemas, pois aprendi a confiar mais naquela pessoa que contemplo no espelho. Aprendi que mãos não se estendem, se eu não percebo o valor das minhas próprias mãos como “benfeitoras”. Minhas benfeitoras! Suas benfeitoras! Tô confiante! Muito confiante!
Tô acreditando na “chuva forte no meio do deserto”, aliás – otimista como me sinto – tô acreditando até em milagres! A gente começa uma rotina todos os dias... A gente começa uma rotina de busca todos os anos! Lá vou eu! Vamos nós! Recomeçar no fim.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

De novo? Não!





Não queria falar de morte outra vez! Mas depois de perder minha vó paterna, há três meses, perdi minha tia paterna (uma das!). Dia 11 de dezembro foi mais um dos muitos terríveis dias que eu tive... E por mais “verdadeiro” que possa parecer meu sorriso, continuo deprimida. Depressão essa que me acompanha desde o dia 4 de setembro (quando minha querida vó “partiu”) e que agora se intensificou com a percepção que tenho a cada instante de que minha tia não está mais ali, na casa ao lado da minha!
Os generosos, por hoje – em função da dor que estou dividindo com meu tio recém-viúvo e com meus primos – irão dizer que tenho motivos de sobra para ser extremamente melosa, afinal era minha tia paterna que me compreendia e que, sempre que tinha oportunidade, virava para mim e dizia: “te amo como se fosse minha filha!” (Tão bonito...). Mas apesar de haver aqueles compreensivos, que entendem a minha necessidade de escrever em função do vazio que tia Ivone deixou, há também aqueles que vão – pela milésima vez – me chamar de “menina boba e piegas”.
“Menina boba e piegas”! Nem menina eu sou! Não mais... Mas confesso que gostaria de ser, para poder resgatar cada momento bom que tive ao lado de minha vó Carmosa e de minha tia Ivone, que agora estão juntas lá no Céu. Para alguns esse papo é meio infantil (“juntas no Céu”), mas eu acredito firmemente que as pessoas boas – como elas – vão para um bom lugar depois que nos deixam aqui na Terra... Acredito, firmemente, que minha tia conseguiu aquilo que ela tanto desejava – reencontrar minha vó!
E essa minha crença, de que depois da morte podemos encontrar os nossos queridos amigos e entes, é que me conforta! Imagino, muitas vezes, como teria sido esse encontro entre elas duas... Ele aconteceu, sim! Eu sei! E por acreditar nesses encontros pós-morte, é que me sinto fortalecida para confortar – pelo menos um pouco – o coração de meus primos, que por muito tempo vão rejeitar a idéia de não mais encontrarem minha tia dentro daquela casa. Nós não a encontramos mais em lugar algum... E é meio chato ter que encarar isso como normal (mais uma vez falo da não normalidade da morte ¬¬)... Nem sei porque estou escrevendo aqui... Senti vontade, mas nada de interessante “saiu”!
Bom, quando eu tiver algo mais legal pra falar, eu volto. Tenho que dormir bem hoje! Vou dar aula para meus alunos que vão fazer prova final – é a segunda recuperação deles (ninguém merece! Nem eles merecem! Aff!)

:*


“Chuva forte no deserto” era o que eu queria agora! ;(

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Partir desta para "melhor"...

É engraçado que apesar de todos nós sabermos que o outro lado da “moeda” da vida é a morte, ninguém a aceita! Todos os dias morrem pessoas, mas – ao contrário dos biólogos – nunca consideramos a morte algo “natural”! O problema é que por mais racionais que sejamos, ou tentemos ser, somos guiados a todo instante de nossas vidas por nosso “lado emocional” (Acho que meus dois “lados” são emocionais!) Portanto, aceitar a morte seria aceitar a “separação definitiva”. Por chamar a morte assim, é que nunca consigo aceitar o que minha “tia” Tânia (professora de Ciências) dizia sobre o ciclo dos seres vivos - “Eles nascem, crescem, se reproduzem e MORREM”. Esse final nunca me agradou muito porque eu sempre pensava nos “seres vivos” que são meus amigos, parentes ou mesmo vizinhos...

Apesar de ter uma repulsa pela morte – como qualquer pessoa normal – adoro filmes de terror! Tem gente que tenta explicar minha personalidade através dos meus gostos... Acho que não é um caminho muito acertado, já que gostar de ver filmes “sangrentos” não significa que eu seja uma “amante do mal” ou uma “serial killer”. Nem eu sei porque gosto desses filmes.

Voltando a falar de morte, ela sempre me deixou de “cabelo em pé”. Não porque eu tivesse medo de “partir desta pra melhor” (acho que não seria tão bom assim!), mas porque eu sempre soube que não teria sistema nervoso pra encarar “a vida com a morte”! E olha que, até então, eu nunca tinha perdido familiares bem próximos de mim. Os “meus mortos”, até aqui, tinham sido conhecidos (com os quais, infelizmente, não tive tempo de criar laços de amizade) e parentes distantes. Quando minha vó faleceu, “a casa caiu”! E eu fiquei embaixo dos “escombros”! Ao contrário do que acontece com vítimas de desabamentos mesmo, eu não queria muito sair de onde eu estava... Foi muito difícil vê-la “ir embora” e saber que não nunca mais iria olhar pra ela outra vez (está sendo meio difícil falar dela agora...).

Como não somos super-heróis ou imortais, “é o jeito” aceitar o imutável! E o que nos resta, entre “mortos e mortos” (e não “mortos e feridos”) é adotar como lema o CARPE DIEM. Aproveitar bem todo segundo que nos é dado! Mas se eu pudesse mesmo, sairia ressuscitando meus “mortos”! TALITA CUMI! Droga! Não posso... Será que Jesus Cristo fez mesmo mortos viverem outra vez?! É meio egoísta o que vou dizer, mas, bem que ele poderia ter nascido aqui! E nos tempos atuais...



Beijos aos familiares, amigos, Cris – minha amiga, irmã, mãe, psicóloga, meu tudo! – aos meus “mortos”* preferidos (Leiliane – falecida aos 15 anos –, ao meu tio Zé Carlos – morto aos 24 anos – e minha vó Carmosa – que está ausente há 3 meses e 6 dias). Amo todos vocês, vivos e mortos!



* Eles continuam vivos dentro de mim!

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Pés machucados, mas fortes!




O caminho certo é aquele no qual é possível encontrar respostas para as indagações mais íntimas... E para muitos esse caminho é inexistente, já que nunca terão respostas para determinados questionamentos! Mas, se pensarmos por outro lado, é justamente a inexistência de determinadas respostas ou soluções, que nos dão vontade de continuar prosseguindo em determinados caminhos. Isso porque se as respostas aparecessem facilmente, pararíamos por muitas vezes, ou até mesmo desistiríamos de continuar.

Há aqueles que mesmo encontrando as respostas decidem continuar “andando”, pois outras indagações vão surgindo a cada passo dado! Isso, no entanto, não deveria surpreender, afinal isso é a vida! Uma constante busca que nunca acaba! Por mais dinheiro que se tenha, amigos ou amor, a satisfação nunca é atingida. E assim vamos levando a vida: entre buscas e encontros ou, ainda, desencontros!

Ainda que não surjam as respostas, tenho muita vontade de continuar no caminho... de pisar forte por onde passar! E ainda que não encontre o que procuro no fim da estrada, deixo minha marca pelo caminho! Minhas pegadas ficam pra que outros, ao vê-las, se sintam estimulados a prosseguir (mesmo que seja em outro caminho bem diferente do meu!). Na verdade, as marcas dos meus pés – minhas pegadas – não serão apenas um estímulo pra quem vier logo atrás, mas pra mim mesma! Olhando para trás e vendo o caminho marcado por mim, vou perceber que, embora queira, serei obrigada a continuar! Poderia voltar e apagar as marcas que meus pés deixaram, mas demoraria muito... Muito tempo seria perdido!

Desse jeito, caminho há muito tempo... Olhando para trás e vendo a dificuldade que seria voltar, caso essa fosse a minha vontade. Felizmente, ao me voltar e olhar as minhas “pegadas”, um sorriso de satisfação – e não de arrependimento – brotou em minha face! Caí muitas vezes pelo caminho... Chorei grudada no chão... Pisei em espinhos, com meus pés descalços. Mas me levantei, continuei e aprendi! Hoje continuo deixando que meus pés me indiquem o final, que talvez não exista.... Talvez, não! Com certeza, o fim é inexistente. A cada parada, surge o início de uma nova etapa... Logo, o caminho não tem fim... A estrada é longa!

E meus pés – machucados – são fortes!


Beijos aos familiares, a Pedro Henrique – o bebê mais lindo do universo (meu sobrinho! ^^), a meus alunos (aqueles que estão de férias e os que ficaram de recuperação! ^^), a Cris (a “tampa da minha panela”) e a mim mesma! (acho que tô ficando meio “Joci”, meio “Lenny” - convencida ao extremo!)


Fui!