segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

De novo? Não!





Não queria falar de morte outra vez! Mas depois de perder minha vó paterna, há três meses, perdi minha tia paterna (uma das!). Dia 11 de dezembro foi mais um dos muitos terríveis dias que eu tive... E por mais “verdadeiro” que possa parecer meu sorriso, continuo deprimida. Depressão essa que me acompanha desde o dia 4 de setembro (quando minha querida vó “partiu”) e que agora se intensificou com a percepção que tenho a cada instante de que minha tia não está mais ali, na casa ao lado da minha!
Os generosos, por hoje – em função da dor que estou dividindo com meu tio recém-viúvo e com meus primos – irão dizer que tenho motivos de sobra para ser extremamente melosa, afinal era minha tia paterna que me compreendia e que, sempre que tinha oportunidade, virava para mim e dizia: “te amo como se fosse minha filha!” (Tão bonito...). Mas apesar de haver aqueles compreensivos, que entendem a minha necessidade de escrever em função do vazio que tia Ivone deixou, há também aqueles que vão – pela milésima vez – me chamar de “menina boba e piegas”.
“Menina boba e piegas”! Nem menina eu sou! Não mais... Mas confesso que gostaria de ser, para poder resgatar cada momento bom que tive ao lado de minha vó Carmosa e de minha tia Ivone, que agora estão juntas lá no Céu. Para alguns esse papo é meio infantil (“juntas no Céu”), mas eu acredito firmemente que as pessoas boas – como elas – vão para um bom lugar depois que nos deixam aqui na Terra... Acredito, firmemente, que minha tia conseguiu aquilo que ela tanto desejava – reencontrar minha vó!
E essa minha crença, de que depois da morte podemos encontrar os nossos queridos amigos e entes, é que me conforta! Imagino, muitas vezes, como teria sido esse encontro entre elas duas... Ele aconteceu, sim! Eu sei! E por acreditar nesses encontros pós-morte, é que me sinto fortalecida para confortar – pelo menos um pouco – o coração de meus primos, que por muito tempo vão rejeitar a idéia de não mais encontrarem minha tia dentro daquela casa. Nós não a encontramos mais em lugar algum... E é meio chato ter que encarar isso como normal (mais uma vez falo da não normalidade da morte ¬¬)... Nem sei porque estou escrevendo aqui... Senti vontade, mas nada de interessante “saiu”!
Bom, quando eu tiver algo mais legal pra falar, eu volto. Tenho que dormir bem hoje! Vou dar aula para meus alunos que vão fazer prova final – é a segunda recuperação deles (ninguém merece! Nem eles merecem! Aff!)

:*


“Chuva forte no deserto” era o que eu queria agora! ;(

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