segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Partir desta para "melhor"...

É engraçado que apesar de todos nós sabermos que o outro lado da “moeda” da vida é a morte, ninguém a aceita! Todos os dias morrem pessoas, mas – ao contrário dos biólogos – nunca consideramos a morte algo “natural”! O problema é que por mais racionais que sejamos, ou tentemos ser, somos guiados a todo instante de nossas vidas por nosso “lado emocional” (Acho que meus dois “lados” são emocionais!) Portanto, aceitar a morte seria aceitar a “separação definitiva”. Por chamar a morte assim, é que nunca consigo aceitar o que minha “tia” Tânia (professora de Ciências) dizia sobre o ciclo dos seres vivos - “Eles nascem, crescem, se reproduzem e MORREM”. Esse final nunca me agradou muito porque eu sempre pensava nos “seres vivos” que são meus amigos, parentes ou mesmo vizinhos...

Apesar de ter uma repulsa pela morte – como qualquer pessoa normal – adoro filmes de terror! Tem gente que tenta explicar minha personalidade através dos meus gostos... Acho que não é um caminho muito acertado, já que gostar de ver filmes “sangrentos” não significa que eu seja uma “amante do mal” ou uma “serial killer”. Nem eu sei porque gosto desses filmes.

Voltando a falar de morte, ela sempre me deixou de “cabelo em pé”. Não porque eu tivesse medo de “partir desta pra melhor” (acho que não seria tão bom assim!), mas porque eu sempre soube que não teria sistema nervoso pra encarar “a vida com a morte”! E olha que, até então, eu nunca tinha perdido familiares bem próximos de mim. Os “meus mortos”, até aqui, tinham sido conhecidos (com os quais, infelizmente, não tive tempo de criar laços de amizade) e parentes distantes. Quando minha vó faleceu, “a casa caiu”! E eu fiquei embaixo dos “escombros”! Ao contrário do que acontece com vítimas de desabamentos mesmo, eu não queria muito sair de onde eu estava... Foi muito difícil vê-la “ir embora” e saber que não nunca mais iria olhar pra ela outra vez (está sendo meio difícil falar dela agora...).

Como não somos super-heróis ou imortais, “é o jeito” aceitar o imutável! E o que nos resta, entre “mortos e mortos” (e não “mortos e feridos”) é adotar como lema o CARPE DIEM. Aproveitar bem todo segundo que nos é dado! Mas se eu pudesse mesmo, sairia ressuscitando meus “mortos”! TALITA CUMI! Droga! Não posso... Será que Jesus Cristo fez mesmo mortos viverem outra vez?! É meio egoísta o que vou dizer, mas, bem que ele poderia ter nascido aqui! E nos tempos atuais...



Beijos aos familiares, amigos, Cris – minha amiga, irmã, mãe, psicóloga, meu tudo! – aos meus “mortos”* preferidos (Leiliane – falecida aos 15 anos –, ao meu tio Zé Carlos – morto aos 24 anos – e minha vó Carmosa – que está ausente há 3 meses e 6 dias). Amo todos vocês, vivos e mortos!



* Eles continuam vivos dentro de mim!

Um comentário:

Zaca Sá disse...

contundente!!! falar dos nossos mortos é msm muito complicado.. estou na kza da jeanne( do tio zé..pai dela) e ali do lado direito d como estou mora minha tia..irmã da minha mãe e mãe d um um primo nosso q morreu estupidamente, mas o estúpido foi kem o matou..atropelado aos seus 24 anos..ele era negro, cm a pele pouco menos escura q a sua.. lindo..desembaraçado..tinha um mundaréu d meninas ao seus pés... era até famoso por isso..principalmente por saber unir simpatia..galantismo..e humor (uma d suas marcas) era o primo-humor..cm kem todos riam nas fewstas q ele dava na casa, nessa aki ao lado.. todo mÊs a família se reunia..toda a família macário.. ee qndo ele se foi..se foi tmbm nossas reuniões constants..só agora..d 3 anos p cá estamos tentando nos reunir d nv msm lembrando dele.. entendo vc.. ele era parte d nós.. e eu o adorav cm sei q ele tmbm gostava d mim.. me trazia d bike lá d davinópolis p passar dias na kza da tia.. flávio era ele.. moreno lindo e surpreendente..