segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Carnaval.



Semana passada uma colega de trabalho chegou até mim e perguntou: "Rakel, que palavra legal te faz lembrar o Carnaval?" E, antes que eu respondesse, ela continuou: "É que estou fazendo um cartaz para colocar na salinha das crianças, com adjetivos bons sobre essa data!" Como eu havia dito para outras pessoas, disse a ela também: "Eu não tenho boas impressões do Carnaval! Essa data só me remete a coisas e acontecimentos ruins!Desculpa, mas não posso te ajudar!"
Essa é a verdade. Faço parte de uma minoria que é constituída por pessoas que desprezam o Carnaval! E assim ajo com todas as forças do meu coração. Confesso que, enquanto professora que trabalha além do que deveria, o feriado prolongado provoca em mim um encantamento semelhante ao que sinto em época de férias. O fato de poder descansar da sala de aula é a ÚNICA coisa que me faz ver o Carnaval como "bom".
Nenhum de nós precisa ser amante de jornais televisivos ou impressos para ter contato com trágicas notícias ocorridas nessa época! O assassinato de meu amigo Zaqueu há dois anos, durante o tão "comemorado' Carnaval, não foi o primeiro e nem será o último. Há que se citar também os assaltos, os acidentes de trânsito, entre outras coisas bem terríveis! "Vou brincar o Carnaval em..." É uma pena que muita gente não atente para o sentido da palavra BRINCAR, já que muitos se dirigem aos "corredores da folia" (em todo o Brasil) levando consigo más intenções!
É possível "brincar" o Carnaval ao lado de pessoas mal intencionadas?! E não me venha com a desculpa de que você usa um faca pendurada no short para se proteger!
Meu Carnaval? Primeiro momento: casa da Cris - uno, filme, risos, brincadeiras e, é claro, resgate de CINCO carnavais passados juntas! (Ela me corrige e diz que são seis carnavais! Cinco ou seis... é muito tempo!).Segundo momento: Casa da Raila, cerveja, Ice, caldo de feijão e companhias agradabilíssimas - Lenny, Leo, Samanta, Cris e as donas da casa. Como era de se esperar, já que o álcool sempre providencia alguma confusão, eu e Cris tivemos uma leve discussão, Paty e Raila "ensaiaram" uma briga, mas que foi logo extinta! Bom, mas o importante é que no final de tudo não houve mortes, assaltos e muito menos acidentes de trânsito!



P.S. Na foto estão os "foliões"! (Cris era a fotógrafa, mas a fizemos "presente" na foto por meio do gesto da Lenny!)



Beijo, galera!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

"Pela estrada afora eu vou tão sozinha"...



Fiquei uns dois dias sem escrever! O motivo maior era o problema com a internet que, graças a Deus!, foi resolvido e também porque eu precisava selecionar um assunto... E nesses dias finais de férias, algo de interessante me aconteceu: fui convocada pela Prefeitura de Imperatriz para trabalhar como professora de Inglês na Zona Rural! Massa!
É, seria bem legal essa convocação aí, se eu tivesse sido informada de início que seria enviada para trabalhar em terras distantes! Falo sério! Alguém aí já ouviu falar em ESTRADA DO ARROZ? Pois é! Do último concurso municipal que fiz, em 2008, fui chamada agora para "dar o ar da graça" em Olho d'Água dos Martins" (todo mundo pensa que o nome desse povoado é "Olho d'Água dos Martírios e, considerando o que eu vi por lá, bem que podia ser MARTÍRIO mesmo! ¬¬)
De início meu coração ficou saltitante, visto que já sou funcionária do município de Imperatriz e, logo, abandonaria Davinópolis para ficar com duas situações de magistério aqui! Mas a alegria desmedida pela convocação me deixou cega, me fazendo tomar atitudes precipitadas! (Esse detalhe prefiro omitir!)
Mesmo me assustando com a possiblidade de ir trabalhar em um povoado muito longe da zona urbana, correndo o risco de me perder no caminho e ficar lá para sempre, eu quis conhecer o local! Afinal, eu podia estar exagerando no medo né? Ai, gente, nem tive coragem de ir sozinha e carreguei Jocirlei comigo...
Os moradores do povoado que me perdoem, mas foi uma situação DESASTROSA chegar lá! Primeiro: não há coletivos que nos levem. É preciso ir até uma agência chamada Amarantina, cuja passagem de ônibus custa 6,00 reais. Além do valor absurdo da passagem, há o detalhe de que o ônibus mais parece aqueles navios que naufragaram no fundo do mar, todo enferrujado, caindo pedaços, não servindo pra mais nada! E o motorista? Um pobre idoso, que mal enxerga! ("O que eu tou fazendo aqui?" - primeiro pensamento que me veio à mente quando entrei no ônibus).
A situação do ônibus, no entanto, não é a pior - a Estrada do Arroz que ("diz a lenda") está passando por obras é horrível. Milhares de buracos, lama, pontes quebradas, fora uma ladeira que o motorista não consegue subir! Depois de momentos de terror, cheguei em Olho D'Água dos Martins e, como meus telefones estavam fora de área, corri pra um orelhão pra falar com Cris, mas... os ORELHÕES NÃO FUNCIONAM!


Em suma: eu desisti! Continuo na DOCE e AMADA Davinópolis! E pedindo aos espíritos iluminados que protejam meus colegas de profissão que moram aqui na zona urbana e irão trabalhar lá!


Sufoco já era! Beijos, meu povo!