quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Força pra continuar



Por diversas vezes, vou me pegar falando aqui do ato de lecionar. Do quanto isso pode ser gratificante, do quanto a profissão é importante e, também, do grande problema encontrado por muitos professores em função da desvalorização. A verdade é que, por mais que tenha sofrido ao longo da minha pouca atividade em sala de aula, não consigo deixar de todo a profissão. Talvez, seja por ser emotiva demais, por sempre estar dando lugar para o sentimentalismo... Pode parecer muito piegas o que digo agora, mas essa é minha verdade. Até bem pouco tempo, não sabia que carreira seguir... Hoje, não sei se me imagino em outro lugar que não seja a sala de aula. Faço aqui uma confissão: no início não estava “muito aí” para o que meus alunos aprenderiam e tampouco me importava com o nível da educação. O que eu queria mesmo era ganhar dinheiro!
Entretanto, “ganhar dinheiro” e “ser professor” nem sempre podem ser expressões que se completam. Por isso, fui obrigada a olhar as aulas com outros olhos... Ver meus alunos de um modo diferente, tentando perceber o que eles tinham por detrás de tanta rebeldia. Ao mesmo tempo em que eu me deparava com alunos desinteressados e totalmente "desgotosos" com a aula de Português, vi também muitas crianças e adolescentes carentes de afeto familiar, de amigos... Fui percebendo que, entre um sorriso e outro que eu dava nas aulas, era possível, sim, fazê-los perceber que aprender podia ser interessante. Mas nem por isso me considero “A PROFESSORA”. Durante uma boa temporada, serei apenas “uma professora”... Mas uma que tenta, de todas as formas, ajudar aqueles que, todos os dias, estão diante de mim.
Todos os dias, quando me levanto para lecionar, sei que vou enfrentar um novo desafio! Pode ser um aluno mal encarado, o mau humor de minha coordenadora ou, ainda, a tentativa de dar aula sem que meus alunos percebam que eu tive problemas sérios no dia anterior – como a morte de um ente querido, por exemplo. E sei que, por muitas vezes, lágrimas vão rolar e vou soltar um “não quero mais ser professora!”, como já fiz diversas vezes. Mas hoje, assistindo a um filme (adoro filmes!), aprendi que aceitar a derrota é permitir que ela se faça presente na vida da gente. Pensando bem, isso tem me acontecido algumas vezes (por que não dizer várias vezes?)... Aceitei a derrota e ela, simplesmente, ficou ali, do meu lado.
E por permitir que isso acontecesse, eu fui notando que dependia, única e exclusivamente, de mim virar de vez a página do fracasso. Não que eu não fosse mais “cair”, mas poderia “levantar” com mais forças de continuar. Com mais vontade de ensinar a meus alunos a língua portuguesa e valores! Valores como respeito, amor, confiança em si mesmo! Hoje, mais do que nunca, percebi que a minha força – além de Deus – está naqueles que muitas vezes me fizeram chorar: em meus alunos! São as atitudes e palavras deles – boas ou não – que me empurram nesse caminho! Que me fazem dar mais passos! Se não me aceitam e me direcionam palavras negativas, corro atrás de meios de fazê-los perceberem, por si mesmos, o erro que cometem. Se me amam e demonstram isso por olhares ou palavras, uso isso como álibi para mostrar a eles o que devem aprender.
Esse texto de hoje não foi escrito somente porque tive vontade, mas porque, mais uma vez, senti saudade de alguns amigos muito especiais. Estes, antes de amigos, vieram como meus alunos! 3º ano do ensino médio do Colégio Frei Gil 2007. A produção do que vai escrito aqui devo a Fernando, meu aluno da turma que acabei de citar, e, para sempre, meu amigo. Agradeço o carinho de todos aqueles que foram meus alunos e com os quais tenho uma bonita amizade (que vai ser eterna!). Peço a Deus e a todos os anjos que estejam comigo sempre! Que nunca me deixem faltar força pra continuar!

“Opa! Número 13!” Hahahahaha!

Saudades...

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Paciência...



Reclamações é o que não falta na boca de nenhum de nós, pois tudo “sempre dá errado”. Acontece que tudo é uma questão de espera, paciência e crença. Antes mesmo de correr atrás do que se quer, é preciso crer que se pode conseguir. Se não há a crença, para que lutas? A vida nos dá provas de que o pensamento positivo, assim como as boas palavras (direcionadas a nós e a outras pessoas) trazem, sim, coisas boas. E isso não é lei religiosa ou coisa parecida, mas algo que pode ser visto na prática. É só raciocinar: eu começo a dizer a mim mesma que vou atingir tal meta porque eu acredito nisso. Por pensar assim, eu não vou cruzar os braços, mas trabalhar para chegar aonde pretendo. Está aí a prova maior de que palavras e pensamentos positivos são, sim, ajuda para caminhar por estradas que desejamos. Porque acreditar no melhor – pensar positivo – é trabalhar para ser (ou fazer) algo.
Entretanto, é bem complicado pensar positivo quando passamos por momentos de “quedas”... Quando, por exemplo, vemos aquele nosso colega de sala que nunca gostou de estudar ganhando um salário superior ao nosso ou, ainda, aquela pessoa recebendo mérito por algo que você fez. Mas, a bem da verdade, nada acontece por acaso (Eu penso assim!). E por mais que nos achemos desvalorizados ou em situação desmerecida, logo mais, à nossa frente, abre-se uma porta para aquele caminho no qual, por muito tempo, pretendíamos andar. É tudo uma questão de, além de crença, espera.
O problema é que, por muitas vezes nos acharmos merecedores demais, não conseguimos esperar o tempo certo. Por não conseguir esperar, tomamos atitudes precipitadas que não nos levam a nada e, em várias ocasiões, nos afastam do nosso alvo maior. Não há porque esperar por prêmios o tempo todo! Há méritos e deméritos! E estes são dados a cada um... Inclusive para aqueles que, por muito tempo, foram vistos como bonzinhos, maravilhosos, perfeitos. Afinal, todos “vacilam”, “pisam na bola”, mas nem sempre mostram isso aos demais.
A melhor coisa a fazer não é evitar os “vacilos”, mesmo porque eles nem sempre estão sob o nosso controle, mas seguir nessa “vida difícil” tentando pisar no lugar certo, ser feliz, fazer o bem ao amigo e também àquele vizinho “pé no saco”. Os méritos vêm! Mas para usufruir deles é preciso ter calma, é necessário saber esperar.

Paciência!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Mais desafios



Reclama-se o tempo todo da "rotina" que a vida segue. Da casa para o trabalho, do trabalho para casa... Mas se formos atentar bem, é possível perceber que a cada instante algo novo acontece. Podem não ser grandes fatos, mas um dia nunca é igual a outro, ainda que consideremos detalhes que, para muitos, não sejam relevantes, como um sorriso que não se esperava ver, com um cumprimento que talvez não devesse acontecer ou um bebê que não estava nos planos. Detalhes, mas importantes e que tornam cada dia singular!
O que pode tornar os dias ainda mais interessantes, ainda que eles pareçam chatos, é o fato de que a cada instante temos grandes desafios a encarar! Desafios menores - como cuidar de um animalzinho - ou desafios maiores - como reconquistar todo dia um amor e arrumar um novo emprego. Não interessa a dimensão do desafio que nos é apresentado, mas encará-lo e, quem sabe, chegar aonde pretendíamos.
Na maioria das vezes, os desafios são vistos como algo negativo, já que eles são sempre carregados de inúmeras dificuldades. Vai ver é isso que os torna tão interessantes - as dificuldades! Um caminho fácil demais nem sempre nos leva a bons destinos, pois "facilidade" nem sempre é sinônimo de "trabalho". Já que é assim, é preciso, portanto, trabalhar para poder atingir determinadas metas, ou seja, alcançar o planejado! Isso é um desafio!
E quanto mais o tempo passa, por mais facilidades ou dinheiro que tenhamos (e para muitos dinheiro é sinônimo de facilidade), sempre surgem novos caminhos, novas metas e, dessa forma, novos desafios! Quanto mais velhos ficamos, mais nos afastamos dos antigos desejos e vontades. Assim, se mudam os desejos, mudam também os desafios. Pra cada objetivo, há um desafio diferente... Eles nunca são os mesmos por toda a vida.
Pensando bem, a própria vida é um desafio, se levarmos em consideração o mundo "doente" em que vivemos. Nascer, crescer e viver neste mundo é o maior desafio que nós, seres humanos, recebemos! Para "passar bem" por esta vida, é preciso levar a sério o desafio de viver. É necessário fazer e dizer coisas que te beneficiem, mas não prejudiquem os outros. Muito mais desafiante que viver apenas, é viver com os outros. Nunca estamos preparados para as diferenças, embora a maioria de nós diga que "o diferente é o legal".
Mas seguimos na vida, sendo desafiados a cada instante. Que possamos atingir nossas metas. Que venham mais desafios!