segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Quase meus!

Escrever sobre o quão desinteressante é o magistério hoje é bem redundante. E isso não só porque já existem textos meus acerca disso, mas por outros profissionais da mesma área concordarem em gênero, número e grau comigo. O pior de tudo é que por mais que eu veja somente aspectos positivos, algo me amarra exatamente onde estou! Algo me fixa no ofício.
Mudar de profissão já chega a ser uma necessidade, mas (que meus alunos não leiam esse post)eu não sou uma das mais profundas amantes do estudo, sabe? E o que eu acho também é que ninguém é tão apaixonado assim por essa prática... O que acontece é que todos escolhem o que estudar e, aí, acabam se dedicando à leitura de temas de sua preferência. Assim fica fácil!
Bom, mas voltando a falar dos "ossos do ofício", o que mais me atormenta (pasmem!)nem é a questão salarial (se aumentar, claro, vai ser bem legal.), mas a responsabilidade que tem sido jogada nas costas de cada um de nós, professores, em relação à educação dos "filhos alheios"! Todos os dias eu me deparo com a ignorância de muitos pais que, na cara dura, nos culpam por atitudes errôneas dos filhos! Alguém avisa aí que esses meninos já foram para a escola bem "educadinhos"?
Não! Eu não estou revoltada! Acho REVOLTA uma palavra forte demais... Digamos que apenas refletindo hoje sobre a relação FAMÍLIA-ESCOLA. Esse relacionamento pode fazer a educação de nossas crianças progredir ou regredir, mas infelizmente se depender de algumas famílias, será regresso total.
Desde menina ouvia meus professores dizerem que "professor é um pouco de tudo! médico, pai, mãe, enfermeiro, psicólogo".. Ah não! Eu sou APENAS professora! Me desculpe, sociedade, mas eu não posso desempenhar todas essas funções! Não, se eu trabalhar sozinha (sem a parceria da família).
O engraçado é que se isso que meus antigos professores diziam - sobre as muitas funções que um educador poderia ter - for verdade, o que se pode perceber é que acabamos muitas vezes SENDO PAIS de nossos alunos... Muito mais que aqueles que eles deixam em casa, antes de se dirigirem para a escola. Mas não está certo. Eles não são meus filhos! Não são minha responsabilidade total!



Hoje é segunda-feira, um dos piores dias de trabalho... Ops! Digamos, um dos mais cansativos! Logo, logo será terça-feira e mais uma batalha começa!


Boa noite, blogosfera!

domingo, 15 de agosto de 2010

Todos incompreendidos!




Pensando nas relações em geral (sejam elas familiares ou não), o que se pode perceber é uma fuga constante da solidão. Para a maioria "ficar sozinho" é muito mais que fazer os outros terem piedade de você, mas uma dor constante. Quando se tem a chance de ter boas companhias, aproveita-se... Quando não, sem perceber, contenta-se com qualquer "coisa". E tudo isso para não encarar a tal SOLIDÃO.
É fato que para a maioria das pessoas a condição de estar só é extremamente ruim, embora haja testemunhos por aí daqueles que conseguiram melhorar a si mesmos ou outros depois de sentirem o gostinho da solidão, ainda que por instantes bem curtos. E não é apenas por poder ser algo positivo que precisamos ver a solidão com "bons olhos", mas por ela ser uma situação que pode acometer a qualquer um. É preciso estar preparado!

E quem disse que ter uma ou milhares de pessoas ao redor significa não experimentar a solidão? É possível, sim, sentir o abandono em meio a muitos! Tudo isso por quê? Talvez desencontros de idéias, poucas afinidades ou.. nenhuma!
Há muita gente por aí que se sente completamente só por se julgar incompreendida por todos. Eu, a bem da verdade, já passei por isso e aprendi. Se sentir só é uma boa forma de olhar para dentro de si mesmo e buscar respostas! Muitos não entendem os que estão por perto! E se isso é solidão e já que ninguém se entende, estamos todos sozinhos.

É hora de ouvirmos nossa única e verdadeira companhia: nós mesmos!